Papel de Presente
Meu Senhor e meu Deus... Sinto que todos os meus afetos, que todas as coisas, que tudo o que eu procuro, tudo, tudo... está tão distante, como se tudo estivesse embalado nestes bonitos papeis de presentes meu Senhor; eu então toco e não sinto, olho e não vejo, escuto e não ouço, e quando perto, estou distante, e quando distante, sinto nostalgia e saudade, e vou então meu Senhor, caminhando desesperadamente pelas veredas da vida, tentando, como um louco, desembalar a tudo e a todos, na vã esperança de estar presente, de estar contente, de não estar tão ausente, por um segundo que seja...
Meu filho, meu filho... Não são os seus afetos que estão embalados em papeis de presentes, como nas vitrinas das lojas; é você meu filho que se auto embalou, que se auto alojou, distanciando-se dos demais, sendo ainda incapaz de desembalar-se, doando para todos o verdadeiro presente de sua humana e divina presença.
Meu filho, meu filho... Quebre a vitrina do seu egoísmo, rasgue o papel do seu orgulho, e viva, distribua e sinta o presente que tu és.
Tudo tem um propósito maior e há um tempo para todas as coisas debaixo do céu! Continua com fé, que a hora só Ele sabe!
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