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Mostrando postagens de junho, 2019

A Coruja e a Escada

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Era uma vez, não, não... era um dia em que a Coruja Iluminada estava na floresta em seu plantão espiritual; como um médico de almas, ela ajudava através de sua profunda sabedoria todos aqueles que a procurassem; além de sabedoria, possuía também a Coruja muito amor. —  Grande e sábia Coruja  do Reino do Meio da Escuridão, viajei muitos dias, atravessei rios, montanhas, vales, pântanos e oceanos para estar aqui hoje, diante de ti. Pode uma escada no fundo do poço de minhas emoções tirar-me de lá?  —   perguntou um homem que foi consultá-la. —   Não!  —   respondeu a Coruja Iluminada. —  Como não ó grande e sábia Coruja do Reino do Meio da Escuridão, como não? —   Se você já tem a resposta, por que então atravessou oceanos e rios para me perguntar? —   Porque a escada está lá Coruja, e eu não consigo sair do poço. —   A escada dentro do seu poço está lá desde o princípio dos tempos, e o seu poço emocional tão somente existe, porque é infinitamente mais fácil

O Poema da Ponte

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Existe um muro... Não sei se de Berlim, se de Marfim, se de Putin... Que me isola Que me deprime Que me separa Que me oprime Estou em cima do muro... Não sei se de Berlim, se de Marfim, se de Putin... Alienado  Condenado Separado Assoberbado Estou lá no alto do muro...  Não sei se de Berlim, se de Marfim, se de Putin... Reprimido  Sofrido Contido Deprimido Estou equilibrando-me no muro...  Não sei se de Berlim, se de Marfim, se de Putin... Julgando  Analisando Sofismando Criticando Estou caminhando pelo muro...  Não sei se de Berlim, se de Marfim, se de Putin... Indiferente  Descontente Tristemente Isoladamente Estou cansado deste muro...  Não sei se de Berlim, se de Marfim, se de Putin... Mental  Intelectual Cerebral Irracional Vou agora demolir este muro...  Não sei se de Berlim, se de Marfim, se de Putin... Ocidental  Oriental Acidental Racional Destruindo entã

Velho Ego, Velho Amigo

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Velho ego e velho amigo...  Estamos agora frente a frente, estamos como em uma luta; você não quer se entregar, você deseja continuar me escravizando; você dispara seus medos, anseios e temores o tempo todo, socando-me intensamente e encurralando-me nas cordas dos ringues da vida; você bate, bate, bate... velho ego, velho amigo, como você é belicoso. Estou agora nas cordas velho ego; estou apanhando, estou sofrendo, porém, ainda não caí, e não pretendo velho amigo, jogar a toalha de forma alguma... pode bater velho ego, pode manipular velho amigo, pode me empestear com seus velhos golpes velho ego, pode continuar jogando e manipulando, é esta mesmo a sua ilusória natureza velho amigo... Estou nas cordas, estou apanhando; na verdade apanho há muitos anos, porém não me entrego.  De repente velho ego, você acha que está conseguindo me vencer, começo a cair, a cair, a cair... mas não caio não velho amigo, só por hoje não caio. Pareço mesmo um João bobo: Parece que vai cai

O Quarto Passo é um Cálice

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O Quarto passo é um cálice derramado, cujo conteúdo não devo beber,  pois envenena o meu viver; estando na sala e no Quarto Passo, emborco o cálice, deixando sair do meu universo emocional minhas  misérias morais. Não é nada fácil fazer isto. Vou chegando à sala; meu ego, como sempre, me acompanha até a porta de vidro e, como costumeiramente faz, não entra; ele não gosta de luz, sinceridade e espiritualidade. Fica ali do lado de fora aguardando minha saída, a fim de voltarmos juntos para casa.  A reunião tem o seu início e os companheiros começam, um por um, a fazer cada qual o seu próprio inventário pessoal. Chega finalmente a minha vez...  Meu coração dispara, meu sangue esquenta e corre rápido pelas artérias  —  até parece um corredor de fórmula 1  — , vou começar a emborcar o cálice... Olho pela porta de vidro, meu velho ego está lá fora sentado em um canto, seguro de si, um pouco distante e quase cochilando.  Começo a derramar o meu cálice...  Meu nome é A, e tenh

O Antúrio da Costureira

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Era uma vez uma costureira que amava todas as flores de um modo geral, e os delicados antúrios em particular... A costureira era mãe de um menino que gostava de todas as árvores que brotavam do chão. Importante registrar que esse menino morava em uma casa onde havia um quintal grande, muito grande, quase uma chácara, quase uma quinta. Ouve um dia em que a costureira estava cuidando dos seus antúrios, com todo aquele infinito amor que sempre emanava do seu coração. Seu menino estava por ali; já era casado e tinha os seus filhos, porém, para a sua mãe, ele ainda era um menino. Neste dia, após adubar e podar os seus antúrios, a Costureira pegou uma das mudas e a ofertou ao seu filho. — Cuide dela menino... recebi de sua avó, a mãe do Caminhoneiro Solitário ; produz flores de um vermelho intenso, algo de rara beleza. O menino pegou a muda do Antúrio e a levou para a sua casa; no seu quintal já havia quase uma floresta, porém nenhum antúrio... no dia seguinte, ao amanhecer, ele

Seria o Agricultor Urbano Um Extra Terrestre?

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Pelo quarto domingo consecutivo, satélites fotografam o que pode ser a prova da existência do Agricultor Urbano.  Na foto divulgada na manhã de hoje por um satélite francês, aparece um cachorro, uma enxada e um chapéu. As coordenadas de localização do local da foto conferem com os registros das fotos anteriores.  Para a União Europeia, o chapéu e a enxada provam finalmente a existência deste lendário lavrador. Os americanos analisaram a foto e a Casa Branca, em comunicado oficial, notificou que a fotografia foi furtada no passado dos estúdios da Metro Golden Mayer, e que o cachorro é o famoso RIN TIN TIN, e o chapéu pertenceu na verdade, ao famoso ator John Wayne.  Os suíços finalmente desceram de cima do muro,  abandonando sua milenar neutralidade, e o famoso escritor Erik Von Daniken, aquele que escreveu "Eram os Deuses Astronautas?", afirmou categoricamente que o chapéu é na verdade o capacete de um astronauta, e que o Agricultor Urbano e o cão da fotografi

Seria o Agricultor Urbano Um Caipira?

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Mais um domingo, e mais uma foto de satélite tirada na região onde supostamente vive o jamais visto Agricultor Urbano. O registro desta vez foi feito por satélites canadenses. Na foto aparecem dois cães e uma escada.  Para o escritor suíço Erik Von Daniken, a escada dá acesso à nave espacial do Agricultor, que está pousada sobre a árvore, o que prova que ele é mesmo um ET, conforme postado neste mesmo blog, na crônica " Seria o Agricultor Urbano um Extra Terrestre? "; os cães, ainda segundo ele, são os lendários vira latas  —    também alienígenas  —     Sideral e Siderópolis, pertencentes ao astronauta. Os britânicos afirmaram que esta é, na verdade, uma foto muito antiga, desaparecida de um set de filmagens na África nos anos quarenta, e que não existe nenhum ET ou nave espacial em cima da árvore; quem de fato está lá em cima é o Tarzan, interpretado pelo ator J ohnny Weissmuller,   e a sua grande amiga, a chimpanzé Chita.  Rabinos da Terra Santa, no Oriente Mé

O Menino da Gaiola Dourada

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Era uma vez um menino, que um dia viu uma menina de sorriso leve e acolhedor, e de uma beleza infinita e tão radiante, como um campo de trigo em um dia de sol.  No momento em que a viu, o menino descobriu que a amava, e que a amaria até o último dia de sua vida. Como era um menino, pegou todo o seu amor, e o guardou carinhosamente, quase com devoção, em uma pequena gaiola dourada dentro do seu coração.  O menino tornou a encontrar-se com a menina outras vezes, porém, não abria a gaiola com o precioso presente, era preciso esperar um pouco mais, só mais um pouquinho. Até que um dia, alguns anos depois, resolveu que estava na hora de abrir aquela gaiola dourada, com aquele precioso conteúdo, para a dourada menina, sempre tão sorridente e de andar leve e elegante.  Aconteceu porém, que existia um outro menino, e uma outra gaiola, não sei se dourada, com um também valioso conteúdo. Esta gaiola foi então aberta, pouco antes da chegada do menino da gaiola dourada, e quando est

O Moço das Letras, a Aeromoça e o Aéreo Lanche

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Naquele dia de inverno, em sua casa em Botafogo, o Moço das Letras sentou-se para escrever alguma coisa; naquele instante não havia absolutamente nada em sua mente para colocar no papel; sobre sua cabeça somente os aviões que passavam a todo instante. Passados alguns instantes, sua Criança Interior apareceu ali ao seu lado, com aquele seu olhar doce e profundo, e aquele seu sorriso que encantava até os passarinhos do céu. — Está gostando do voo dos pássaros Moço das Letras?  —  perguntou a Criança. O Moço das Letras já estava acostumado com o jeito daquela Criança, mas pássaros aquela hora da noite era demais. — Você anda bebendo muita limonada vencida Criança. Os pássaros não costumam voar por aqui a esta hora, exceto, é claro, os pássaros noturnos. — Você gosta de voar nas asas dos pássaros de asas duras? — Pássaros de asas duras? — Sim Moço, os aviões... estes que passam a todo tempo sobre sua casa, como agora; ouça o barulho... — Ah

A Porta das Letras

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Existe atrás da porta...  Um perdido olhar Um dedo que aponta Um titubeante Caminhar Existe atrás da porta... Uma desconfiança Um temor delirante Uma falta de esperança Existe atrás da porta... Quem não desce para o recreio Um mar de dúvidas Um oceano de receios Existe atrás da porta... Alguém sonhando em dormir Uma carência de colo de mãe Alguém querendo sentir Existe atrás da porta...  Uma saudade de pai distante Um desejo de sumir Uma angústia constante Existe atrás da porta... Um anseio de brincar Um medo anestesiante Soldadinhos com quem conversar Existe atrás da porta... Um desejo de crescer Um choro preso como passarinho Uma necessidade de viver Existe atrás da porta...  Tanto contido sofrimento Um mar de acanhamento Um sonho de nascimento Existe atrás da porta...  Incertezas e tantas ilusões Tantos mágicos pensamentos Um deserto de emoções Existe atrás da porta..

Os Verdes Pastos de Minhas Emoções

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Lá vem os sintomas da doença da emoção através de pensamentos negativos, lá vem os meus bois manhosos... Nestas horas é importante para mim não perder o contato com o mundo e com as pessoas, pois a doença tenta me jogar sempre para dentro, sempre para os meus internos pastos. Os pensamentos negativos chegam, como em grandes nuvens, ou melhor, como um grande rebanho de bois manhosos, ansiando tanto por pastos mentais verdejantes; se eu abrir as porteiras de minha fazenda interior, minha mental porteira, acabo então, caindo nas velhas ciladas do grande rebanho, tão faminto por verdes pastos mentais.  Os bois manhosos vão então, a cada instante, pastando dentro de mim, e quanto mais pastam, mais o inculto capim de meu descontrole emocional cresce, realimentando a doença, realimentando o pasto e engordando os bois. É um perigoso e doloroso círculo vicioso este pasto verdejante e enganoso. Quando fico muito mal, estou sempre cheio de razões e de bons motivos — motivo

Abacateiro

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Abacateiro,  seu fruto em minha mão Neste sábado despertou minha emoção Abacateiro no outono  Na casa do tio Antônio Abacateiro na chácara do meu avô Lá alto do morro todo em flor Abacateiro do tio Emídio, no terreiro  Tão pertinho do pessegueiro Abacateiro da casa de meu pai, que resistiu ao vento  Mas que um dia  sucumbiu aos golpes do facão, que tormento Abacateiro no décimo terceiro andar  do prédio, em Niterói Confinado na sacada da janela, como dói Abacateiro tão distante que não plantei  E que um dia sob sua copa chorei Abacateiro que nos anos tão incertos E que somente para ti abria os meus desertos Abacateiro que me abrigou sob sua copa, tão solidário  Tão amigo e confidente do que fui, um solitário Abacateiro, de fevereiro a janeiro Planto suas sementes  o ano inteiro Abacateiro, desde pequenino Eu te amo como um menino Abacateiro, meu amigo do coração Tudo o que escrevi, escrevi com gratidão

Os Viras Latas e o Vira Lata Urbano

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Domingo, 9 de junho, seis horas da manhã, 12 Graus Celsius; para o Agricultor Urbano uma temperatura quase de geladeira. Enquanto vai tomando o seu café, observa ali debaixo da mesa da cozinha, encolhidinhos, os seus três e únicos auxiliares, os vira latas Tição, Miúda e Nina.  Seus amigos, como é de costume, não latiram para ele, e não o saudaram quando ele entrou na cozinha " estão também  sob os mesmos efeitos dos 12 graus"  —,  pensa o Agricultor .  O Agricultor abre a porta dos fundos, e na varanda, também dos fundos, observa ao canto sua foice velha de guerra e suas velhas perneiras e botas; "parecem adormecidas também, possivelmente o mesmo efeito dos 12 graus"  —, continua pensando o Agricultor . Caminha um pouco e dá de frente com a escada, que dá acesso ao quintal e à mata que ele tanto ama. "A escada parece mais triste hoje, certamente em função do frio, em função desses 12 graus..."  —    como  pensa esse Agricultor . Diante de to

Comunicado Urgente

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COMUNICADO URGENTE: Pela segunda vez nos últimos 8 dias, a NASA divulga novamente, supostas fotos dos supostos vira latas do lendário Agricultor Urbano, homem jamais visto por nenhuma viva alma.  O astronauta responsável pela foto a partir da estação espacial, afirma ter visto ao lado dos cachorros um homem alto, magro e de chapéu; afirmou também que havia uma enxada em sua mão. A foto não atesta isso, e segundo a NASA, pode ter havido uma falha na câmara no momento da foto, ou foi mesmo um momento de cansaço do astronauta, pois a foto foi registrada as seis horas da manhã, no exato instante do término do seu plantão.  A foto correu o mundo, e os russos afirmam que tudo não passa de uma fraude de empresas americanas ligadas ao setor de rações para cães, e que na verdade os cães são Laika, Belka e Strelka, lançados ao espaço nos primórdios da exploração espacial pelas naves SPUTNIKS. Segundo os russos, a foto divulgada neste domingo desapareceu há alguns anos do museu espacia

Atenção...

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ATENÇÃO: Satélites Norte Americanos divulgaram na manhã deste domingo a foto de três vira latas encontrados em alguma região do Brasil. Existe uma possibilidade remota de serem os cães do lendário Agricultor Urbano, um anônimo plantador de árvores.  A NASA e a ciência não confirmam as informações. O Agricultor Urbano, assim como o Monstro do Lago Ness e o Abominável Homem das Neves jamais foram fotografados por ninguém, pelos seguintes motivos: O Monstro do Lago Ness por viver em águas profundas; o Abominável Homem das Neves por habitar remotas e geladas regiões; e o Agricultor Urbano por acordar muito cedo.

Fim da Polêmica

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FIM DA POLÊMICA: Na manhã deste domingo, por volta das sete horas da manhã, os chineses enviaram as fotos de satélite de três vira latas que, segundo alguns, poderiam ser os cães do mitológico, lendário e jamais visto Agricultor Urbano.  Os chineses revelaram que estes cães são na verdade Ming, Xing e Ling, enviados recentemente ao espaço, com outros astronautas chineses, na bem sucedida viagem ao lado escuro da lua.  Como na imagem aparece algo parecido com um saco de ração, o mundo todo está achando que a foto é apenas mais um lance da guerra comercial entre americanos e chineses; outros ainda insistem que o cabo de madeira roliço na foto atesta de forma inquestionável a existência de uma enxada, o que seria a prova definitiva da existência do Agricultor Urbano.  A agência Routers afirma que tudo isso não passa de mais uma dessas quase infinitas Fake News.

O Divino Tecido

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Seis horas da manhã: Linha na agulha, agulha na mão, costureira na máquina tecendo o tecido. Lá estão os coloridos carretéis, dispostos em uma pequena caixa metálica na mesa ao lado, juntamente com dezenas de peças de roupas cortadas e a cortar. Fim da linha, agora somente o carretel vazio. A costureira corta um minúsculo pedaço do tecido e chama o seu auxiliar imediato, o filho mais novo: Menino, vá na casa de aviamentos e traga um carretel de linha corrente na cor deste tecido. O menino vai pisando leve rua abaixo, em direção à loja, a um quilômetro de sua casa; entrega o tecido para a dona da loja, que olha o tecido e olha as linhas; olha ainda para o tecido e mais uma vez para as linhas, e finalmente entrega o carretel nas mãos do menino, que volta contente com a linha corrente e o tecido na mão. A costureira paciente, sob a luz da lâmpada, analisa a linha sobre o tecido; más notícias: Meu filho, a linha não é esta, volte lá e traga outra. O Menino vai pisand

As Múmias do Egito

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Há alguns anos, realizando escavações no deserto do Saara, arqueólogos britânicos encontraram várias múmias dentro de um mesmo e grande túmulo. Depois de intensas pesquisas, concluíram que eram todas membros de uma mesma família. Algo interessante naquele achado intrigou aqueles exploradores do passado: Havia uma múmia com aspecto muito sério  —   uma carranca de mau humor  — , e as demais estavam todas sorridentes, como se estivessem mesmo felizes.  O mistério aumentou ainda mais: Análises laboratoriais  avançadas comprovaram que somente a múmia mau humorada  —  vamos chamá-la assim, com todo o respeito  — , havia passado pelos tradicionais e antigos processos de mumificação, as demais não. Mas como seria então possível aquele perfeito estado de preservação depois de tantos séculos, como seria possível? A resposta foi encontrada através de inscrições gravadas em uma grande pedra, durante o processo de escavação daquele sítio arqueológico, algum tempo depois, algo como u

Gente Precisa de Pão

Estão matando gente Gente de toda a cor Estão matando gente Até no Arpoador Estão matando gente Indiscriminadamente Estão matando gente Outrora tão contente Estão matando gente De Copacabana a Madureira Estão matando gente Com tiro faca e peixeira Estão matando gente Como nunca antes se viu Estão matando gente Até no mês de abril Estão matando gente Matando gente a mil Estão matando gente Com tiros de fuzil Estão matando gente Gente que sempre sofreu Estão matando gente Gente que nunca viveu Estão matando gente Com tantas balas perdidas Estão matando gente Gente tão sofrida Estão matando nos ventres bebês  Mesmo antes de nascer Estão deixando tantas mães Gestando tanto sofrer Você que mata gente Você que nada sente Pare de matar a gente Gente tão inocente Gente precisa amar Gente precisa estudar Gente não precisa de arma Arma de se matar Gente carece de trigo Gente precisa de educação