Por Onde Anda o Agricultor Urbano?
Era inverno, os dias estavam frios, curtos e escuros, e de forma natural, as pessoas continuavam normalmente tocando suas vidas. Aqueles que andavam pelas imediações daquele bosque no alto do morro porém, sentiam falta de alguém: Onde andava aquele Agricultor Urbano que estava sempre por ali cuidando com tanto carinho daquelas árvores? Teria se aposentado, ou quem sabe estivesse de férias, ou mesmo doente, ou ainda resolvido abandonar o campo a fim de cultivar outras coisas além das plantas... Ninguém sabia a resposta.
Uma daquelas pessoas, por ser mais ligado a Aristóteles que Platão, resolveu agir de uma forma mais concreta... Conhecia e sabia onde morava o grande amigo do Agricultor Urbano, o Moço das Letras, e resolveu então ir até sua casa a fim de levantar notícias.
Não foi difícil chegar até lá, simplesmente seguiu o rastro das árvores pelo caminho, e em pouco tempo estava na residência do escritor, e sob a sombra de uma quaresmeira apertou a campainha. Imediatamente três cachorros vira latas acorreram ao portão e começaram a latir, assustando o visitante, que tinha quase a certeza de conhecer aqueles cães de algum lugar, aqueles bichos pareciam familiar... "Deve ser impressão minha, pensou ele, afinal de contas, sob o som das campainhas todos os cachorros são iguais."
Pouco tempo depois apareceu o Moço das letras recepcionando o visitante no portão.
- Pois não?
- Bom dia Senhor... É sobre o Agricultor Urbano que anda sumido, o Senhor tem alguma notícia dele?
- Está bastante frio hoje meu amigo, o Senhor não acha?
- Sem dúvidas Moço das Letras, mas não é sobre o inverno, é sobre o paradeiro do Agricultor Urbano, por onde anda ele?
- Ah... Sobre o Agricultor...
Ele, Inverno...
Procurando sementes pelo caminho
Coletando sementes pelo chão
Cultivando as árvores que virão
No tempo certo que serão
Vocês Verão!
O Visitante agradeceu pela informação e tornou a seguir o seu caminho, o cachorros latiram ainda... Ele tinha quase a certeza de conhecer aqueles cães, quem sabe de alguma crônica...
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