A Bruxa do Reino do Norte
Era uma vez uma bruxa de nome Vassorilda, que vivia na grande floresta do Reino Grandioso do Norte da Escuridão, o Reino do Norte. Apesar de viver dentro da bela floresta, a bruxa não gostava de árvores, não gostava de flores, não gostava de passarinhos, não gostava de nada; a bruxa somente desgostava, desgostava de tudo e de todos. O único gosto da bruxa era andar diariamente com sua vassoura na mão varrendo para longe as folhas - malditas folhas na visão dela - das árvores próximas que constantemente caiam pelo chão.
Bem pertinho da casa da bruxa Vassorilda havia crescido uma linda embaúba branca, que com o tempo passou a abrigar em seus galhos inúmeros pássaros que passavam por ali à procura de sombra, poleiros e alimento. A sombra da árvore era benéfica para todos os habitantes próximos, pois além da beleza natural, protegia as residências do povo da floresta da ação direta da luz do sol, refrescando muito o ambiente em redor.
A bruxa Vassorilda não percebia nada disso, e ficou muito incomodada com a embaúba e sua brancura, bem como com o canto dos pássaros e as folhas tão perto de sua casa, então, na sua escura noite de pesadelo tramou contra a árvore, de forma que em pouco tempo contratou um lenhador, que com seu poderoso machado cortou a pobre embaúba branca, deixando sem poleiros os passarinhos do céu, sem folhas o chão onde se pisa e mais escuro ainda o coração da bruxa.
Daquele dia em diante, sem a embaúba, os passarinhos e o canto destes, somente com sua vassoura na mão, e não tendo mais tantas folhas para varrer, sentindo-se tão vazia e inútil, a bruxa Vassorilda continuou infeliz, e passou então a reclamar diariamente da incidência da luz solar em sua casa, que passou a ficar muito quente, tão quente como o seu caldeirão de negatividades que ela constantemente mantinho acesso, com o desejo, quem sabe, de aquecer o seu frio coração nas geladas noites da floresta.
A fábula poderia terminar aqui, mas seria muito infeliz o seu final. Passou então pelo local um menino, que observou a árvore abatida e os pássaros tristes, sem os seus amados poleiros, e então notou no chão algumas pequenas mudas da árvore sacrificada.
Recolheu então muitas delas, e rapidamente, antes mesmo que pudesse ganhar uma viagem somente de ida para o brejo, na vassoura da bruxa, onde seria transformado em sapo, subiu uma colina próxima, e bem lá no alto, longe de qualquer bruxaria, plantou com todo o amor do seu coração aquelas pequenas mudas, na esperança de que brevemente os passarinhos voltassem a encontrar os seus amados poleiros, a fim de entoarem em paz os seus alegres cantos matinais, que juntamente com o coaxar dos sapos, formariam mesmo uma belíssima sinfonia natural.
A fábula poderia terminar aqui, mas seria muito infeliz o seu final. Passou então pelo local um menino, que observou a árvore abatida e os pássaros tristes, sem os seus amados poleiros, e então notou no chão algumas pequenas mudas da árvore sacrificada.
Recolheu então muitas delas, e rapidamente, antes mesmo que pudesse ganhar uma viagem somente de ida para o brejo, na vassoura da bruxa, onde seria transformado em sapo, subiu uma colina próxima, e bem lá no alto, longe de qualquer bruxaria, plantou com todo o amor do seu coração aquelas pequenas mudas, na esperança de que brevemente os passarinhos voltassem a encontrar os seus amados poleiros, a fim de entoarem em paz os seus alegres cantos matinais, que juntamente com o coaxar dos sapos, formariam mesmo uma belíssima sinfonia natural.
Concordo plenamente que o final feliz que este menino nos brindou, faz dele não só um herói, mas o futuro principe do Reino do Norte. Um reino cheio de arvoárv, folhas, flores, frutos e muitos passarinhos, abelhas, joaninhas, sombra e alegria. Adoro histórias com final feliz! Viva o menino!
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