Os Fios da Costureira
Ainda não amanheceu e a costureira já está de pé. Levantou bem cedo, foi para a cozinha, preparou angu doce, bolinho de chuva e café para os filhos, que daqui a pouco acordarão para irem à escola.
A meninada acorda, comem e partem para seus afazeres, e a costureira fica na casa, vai para a máquina de costura e fica por lá muitas horas; a filharada vai chegando da escola, a comida já está pronta, além de fazer roupas, a costureira também sabe cozinhar muito bem. Na parte da tarde, enquanto a costureira vai medindo e cortando, seu filho mais novo fica por ali pertinho, brincando com os seus soldadinhos, bem próximo do aconchego da mãe.
A tarde cai, a costureira vai para o quintal, chama o menino, que hora agradável aquela, hora de cuidar das rosas, das galinhas, da horta... A costureira sabe costurar, sabe preparar comidas gostosas, sabe cuidar das plantas, dos bichos, com seu amor infinito cuida de tudo, enfim. Com sua simplicidade vai ensinando o menino a cuidar das galinhas, a adubar as plantas, a regar as verduras, a arar o solo, e o menino cordato e feliz, vai aprendendo tudo com a doutora sem diploma, a doutora da singeleza e sabedoria.
Hora de voltar para casa, a janta precisa ser preparada, quem sabe uma sopa hoje, tem ainda roupa para costurar, muita roupa, o salário do caminhoneiro é curto, a prole é larga, a máquina Singer ainda vai trabalhar muito neste dia. São agora quase 10 horas da noite, hora de dormir, amanhã é um novo dia, a costureira chama o menino mais uma vez, pega uma vela e vão juntos para o quintal, é segunda feira, dia de rezar para as almas dos que se foram, dia de agradecer as almas, dia de pedir as almas... A costureira com sua fé, ora pede e ora agradece, e o menino observa; ela pede para os pobres, pede para os doentes, pede pelos pais distantes, vai pedindo, e vai também agradecendo as almas e ao Deus do seu coração tudo o que recebeu da vida; a costureira pede e agradece, jamais reclama ou blasfema.
Terminada a oração, a costureira e o menino voltam para casa, agora o menino vai dormir, a noite está fria, é junho e faz frio em junho. O menino no seu quarto diminuto, enrolado em sua coberta, ainda escuta por um bom tempo o barulho da máquina Singer, a costureira continua acordada, vai trabalhar ainda mais um pouco. Ela costura, costura, costura e costura... e agora, os fios que passam pela máquina não mais são fios de algodão, são fios lindos e dourados, são fios de amor, fios indestrutíveis que vencem a barreira do tempo e do espaço, e ela continua tecendo os seus fios, por toda a noite, por toda a eternidade...
A meninada acorda, comem e partem para seus afazeres, e a costureira fica na casa, vai para a máquina de costura e fica por lá muitas horas; a filharada vai chegando da escola, a comida já está pronta, além de fazer roupas, a costureira também sabe cozinhar muito bem. Na parte da tarde, enquanto a costureira vai medindo e cortando, seu filho mais novo fica por ali pertinho, brincando com os seus soldadinhos, bem próximo do aconchego da mãe.
A tarde cai, a costureira vai para o quintal, chama o menino, que hora agradável aquela, hora de cuidar das rosas, das galinhas, da horta... A costureira sabe costurar, sabe preparar comidas gostosas, sabe cuidar das plantas, dos bichos, com seu amor infinito cuida de tudo, enfim. Com sua simplicidade vai ensinando o menino a cuidar das galinhas, a adubar as plantas, a regar as verduras, a arar o solo, e o menino cordato e feliz, vai aprendendo tudo com a doutora sem diploma, a doutora da singeleza e sabedoria.
Hora de voltar para casa, a janta precisa ser preparada, quem sabe uma sopa hoje, tem ainda roupa para costurar, muita roupa, o salário do caminhoneiro é curto, a prole é larga, a máquina Singer ainda vai trabalhar muito neste dia. São agora quase 10 horas da noite, hora de dormir, amanhã é um novo dia, a costureira chama o menino mais uma vez, pega uma vela e vão juntos para o quintal, é segunda feira, dia de rezar para as almas dos que se foram, dia de agradecer as almas, dia de pedir as almas... A costureira com sua fé, ora pede e ora agradece, e o menino observa; ela pede para os pobres, pede para os doentes, pede pelos pais distantes, vai pedindo, e vai também agradecendo as almas e ao Deus do seu coração tudo o que recebeu da vida; a costureira pede e agradece, jamais reclama ou blasfema.
Terminada a oração, a costureira e o menino voltam para casa, agora o menino vai dormir, a noite está fria, é junho e faz frio em junho. O menino no seu quarto diminuto, enrolado em sua coberta, ainda escuta por um bom tempo o barulho da máquina Singer, a costureira continua acordada, vai trabalhar ainda mais um pouco. Ela costura, costura, costura e costura... e agora, os fios que passam pela máquina não mais são fios de algodão, são fios lindos e dourados, são fios de amor, fios indestrutíveis que vencem a barreira do tempo e do espaço, e ela continua tecendo os seus fios, por toda a noite, por toda a eternidade...
Como você descreveu bem o quadro, senti o cheiro e o gosto do café da manhã, do almoço e o som repetitivo e hipnotico da maqmáqu Singer, pilotada por uma fada que tecia vida e destinos com seus fios dourados! Encantada, Agricultor Urbano! Conte-nos mais histórias das aventuras da família da costureira/ fada.
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