As convidadas
Geralmente nas tarde de domingo o agricultor dá um passeio pelos fundos do seu quintal, gosta de andar entre as árvores que estão crescendo lá no alto daquele morro degradado e esquecido por todos. E ele anda, para aqui, observa ali, vai olhando para o chão, olhando para os lados, para cima, olhando para todos os lugares, contemplando a natureza em processo de regeneração, tudo está ficando tão verde e tão bonito. O agricultor gosta muito de plantar árvores brasileiras, principalmente as da mata atlântica, em função do local onde vive, mas, entre estas nativas, planta também (como convidadas) árvores familiares à todos, porém, consideradas exóticas, pois não são nativas do Brasil. Consequentemente, se você passear por estas matas que estão em fase de desenvolvimento, encontrará fruta do conde, jaca, ameixa, goiaba, cacau, jambo branco, jambo rosa e outras convidadas mais. As nativas e as convidadas vão crescendo juntas, em harmonia, parecem que se entendem bem. E numa destas andanças, o agricultor ouve um barulho de algo caindo no chão. O que seria? Bem, quem semeia vento colhe tempestade, diz o ditado, porém, o que caiu no chão naquela tarde de domingo, quando o agricultor já estava preparando-se para ir embora, foi uma deliciosa manga de uma de suas mangueiras convidadas a viver na mata. A manga é esta ai que está na foto, estava uma delícia, e olhando para cima, para o alto, o agricultor observou um sem número delas, uma beleza, e viu também que muitos pássaros já estavam por lá, beliscando aquelas delícias aéreas. De onde é mesmo a mangueira? Bem, dizem que é nativa da Índia, não importa, o agricultor não conhece o caminho marítimo para lá, porém sabe, que lá nos fundos do quintal, bem no meio da mata existe uma mangueira indiana que no verão produz saborosos frutos.
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