Os Caminhos do Agricultor


O Agricultor Urbano, naquela luminosa manhã de outono, acompanhado pelos seus vira latas Miúda e Tição, fazia um aceiro, a fim de proteger suas amadas árvores das prováveis queimadas de inverno.

Enquanto seus amigos ficavam ali deitados no capim, degustando o sol matinal, ele, de forma silenciosa e vigorosa, manejava com destreza sua enxada, e enquanto carpia o capim do solo, do chão de sua mente brotavam, não árvores, mas felizes pensamentos de liberdade:

"Existe dentro de mim um inequívoco e singular caminho. Caso eu siga por ele, meus pés certamente se ferirão nos muitos espinhos que virão, porém, esta árdua caminhada trará para mim a segurança de jamais me perder pelos plurais e incertos  descaminhos do mundo".

"Pergunto para mim mesmo: Qual caminho devo seguir? A resposta não está em minhas mãos, mas nas botas que calçam os meus pés, quando ando com alegria por tortuosos caminhos de chão cobertos de relva e árvores; a resposta está neste momento, neste glorioso aqui e agora".

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