O Agricultor Urbano e a Sua Preguiça

Naquela gelada manhã de inverno, 
antes de ir para o campo o Agricultor sentia um certo desânimo, algo muito pouco comum, estaria doente?

Seguindo vagarosa e silenciosamente o seu caminho por entre as árvores, ele notou algo estranho, como se ao seu lado estivesse mais alguém além de seu fiel vira-lata. Neste momento o Agricultor percebeu a sua própria preguiça acompanhando sorrateiramente cada um de seus passos. Finalmente ele entendeu a razão de seu desânimo e, apesar da sua preguiça, continuou sua jornada em direção a seus afazeres rurais.

Chegando no campo o Agricultor   apesar da preguiçosa presença , pensou "se eu começar a trabalhar ela partirá", e então começou determinadamente a carpir, roçar, semear, preparar o solo, organizar canteiros, caminhar de um lado para outro... e não demorou muito tempo ele estava novamente bem disposto e, sua preguiça por simplesmente não suportar nenhum tipo de trabalho, resolveu cochilar na relva juntamente com seu velho cão, o bom e fiel Tição, até o prazeroso momento de voltar para casa e finalmente descansar preguiçosamente em uma boa cama.

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