O Exercício de Agir Sentir e Amar

Quando eu não levanto e ajo, o descontrole emocional ataca;

Quando eu apenas fico pensando na vida, o descontrole emocional ataca;

Quando eu teimosamente me recuso a fazer as coisas solicitadas pelo meu coração, o descontrole emocional ataca;

Quando eu não faço aquilo que está ao meu alcance, o descontrole emocional ataca;

Quando eu dou asas a pensamentos negativos, e começo mesmo a acreditar em cada um deles, o descontrole emocional ataca;

Quando eu fico procrastinando as decisões em minha vida, o descontrole emocional ataca;

Quando eu me fecho para o novo, recusando novas experiências e aprendizados, o descontrole emocional ataca;

Quando nasce em mim aquele sentimento insano de desejar controlar a tudo e a todos, o descontrole emocional ataca;

Quando meu umbigo cresce e eu passo a desejar para mim todos os aplausos e todas as luzes do mundo, tentando ser o centro do universo, o descontrole emocional ataca;

Quando nasce em mim a derrota antecipada antes da luta, o descontrole emocional ataca;

Quando eu deixo de acreditar em mim, depositando minha segurança no mundo e nos outros, o descontrole emocional ataca;

Quando eu vou transformando em geleiras interiores a raiva que eu ao longo da vida guardo dos outros, o descontrole emocional ataca;

Quando eu consigo, por um minuto que seja, sentir amor, o descontrole emocional bate em retirada, pois o descontrole em mim não suporta a presença do amor, na verdade o descontrole em mim não suporta a presença de ninguém, pois ele é mesmo insuportável;

Para o meu próprio bem, que eu aprenda a amar então, e enquanto não aprendo, vou me exercitando até aprender, pois, creio eu, ou melhor, sinto, o amor principia pelo exercício... pelo exercício de agir, pelo exercício de sentir, pelo exercício de amar.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Agricultor e a Poetisa Ferida

O Marido, a Mulher, o Rio e a Calça

A Finitude das Redes e a Infinitude do Mar