A Alegria do Sebastião
Ainda era Natal, o sol já ia alto no céu, mas apesar do adiantado da hora, o Agricultor precisava ir ao campo. Miúda, Nina e Tição, seus vira latas, o acompanharam como sempre. Pegou então sua velha cavadeira, três mudas no viveiro e seguiu bosque adentro, e bem adiante, em um local ainda descampado, preparou o solo para o plantio das três árvores. O Agricultor não dava muita importância para aquela data, mas percebia que havia ali naquele período do ano alguma magia, algo além do que ele poderia compreender, existia alguma coisa... Lembrou-se dos anos da infância e do seu pai, o caminhoneiro solitário, que quando estava em casa para as festas de final de ano irradiava alegria, contagiando todos aqueles que estavam ao seu redor. Então, enquanto plantava, sentiu em si aquela mesma alegria, a alegria do Sebastião, e era tão grande a alegria que não cabia mais nele, e então, tal como o caminhoneiro naqueles dias distantes, a alegria começou a jorrar de seu ...