O Manacá da Tia Lourdes
Manacá da Serra, árvore nativa da Mata Atlântica O agricultor andava feliz da vida entre árvores que ele havia, ao longo dos anos plantado nos fundos do seu quintal. Havia lá uma grande variedade delas, muitas já com vários metros de altura, atraindo pássaros, produzindo sombra, beleza, frescor, abundância... Lá estava a paineira rosa, o ingá, a sibipiruna, o pau ferro, o pau jacaré, a embaúba, e tantas e tantas outras, árvores de sua infância, árvores da mata atlântica, tão amada por ele, árvores da sua vida. Aos poucos, por puro gesto de amor e gratidão, ele ia montando o quebra cabeças daquilo que havia sido no passado uma exuberante floresta, com uma infinidade de variedade de plantas, tudo destruído ao longo de décadas de exploração pelas necessidades, ou não, bicho homem, as árvores foram, uma a uma caindo para o café, para o gado, para a indústria, para o fogo, para as casas, para a ganância, gradativamente a beleza da mata foi dando lugar a aridez do pasto. Quando o agricu...